Subject: :VANTAGENS DE TER bem MAIS DE 50 ANOS ( autor desconhecido)
As vantagens adquiridas quando se chega a uma certa idade:
1. Os seqüestradores não se interessam mais por você. 2. De um grupo de reféns, provavelmente será um dos primeiros a ser libertado. 3. As pessoas lhe telefonam às nove DA manhã e perguntam: 'te acordei?' 4. Ninguém mais o considera hipocondríaco. 5. As coisas que você comprar agora não chegarão a ficar velhas. 6. Você pode, numa boa, jantar às seis DA tarde. 7. Você pode viver sem sexo, mas não sem OS óculos. 8. Você curte ouvir histórias das cirurgias dos outros. 9. Você discute apaixonadamente sobre planos de aposentadoria. 10. Você dá uma festa e OS vizinhos nem percebem. 11. Você deixa de pensar nos limites de velocidade como um desafio. 12. Você pára de tentar manter a barriga encolhida, não importa quem entre na sala. 13. Você cantarola junto com a música do elevador. 14. A sua visão não vai piorar muito mais. 15. O seu investimento em planos de saúde finalmente começa a valer a pena. 16. As suas articulações passam a ser mais confiáveis do que o serviço de meteorologia. 17. Seus segredos passam a estar bem guardados com seus amigos, porque else OS esquecem. 18. 'Uma noite e tanto' significa que você não teve que se levantar para fazer xixi. 19. Sua mulher diz 'vamos subir e fazer amor', e você responde: 'escolha uma coisa ou outra, não vou conseguir fazer as duas!'. 20. As rugas somem do seu rosto quando você está sem sutiã. 21. Você não quer nem saber onde sua mulher vai, contanto que não tenha que ir junto. 22. Você é avisado para ir devagar pelo médico e não pelo policial. 23. 'Funcionou ' significa que você hoje não precisa ingerir fibras. 24. 'Que sorte!' significa que você encontrou seu carro no estacionamento. 25. Você não consegue se lembrar quem foi que lhe mandou esta lista.
Acabei de completar 50 anos (quando comecei, agora já vou para 58) resolvi escrever este blog para pensar no assunto, discutir o que é envelhecer, verificar alternativas saudáveis , testar produtos e tratamentos de beleza. O que fazer para que esta seja uma nova e boa fase na minha vida.
segunda-feira, 31 de março de 2008
domingo, 23 de março de 2008
Vovózinha
Meu amigo, aquele debochado, disse outro dia, que eu ia ser velha mais tempo que minhas outras duas amigas, explica-se por conta da displicência da minha filha fui avó aos 45 anos. Tenho uma amiga que foi mãe aos 44 anos, o que vai dar a ela uma longevidade e a mim a entrada na terceira idade antecipada. Por que ela é uma jovem mãe e eu sou uma vovózinha. Posso estar onde estiver ao verificarem que já sou avó sempre recebo um segundo olhar , tipo: “nossa, deve ter 55, 60 e ser toda esticada” e minha neta não perdoa, adora berrar em todos os lugares: Vovó!
quarta-feira, 19 de março de 2008
Sobre o espelho
Não sei de quem é este texto, recebi por email, se alguém souber avise para os devidos créditos. Ana
"Quando você encontrar alguém da sua época e achá-lo muito velho e
acabado, é bom correr pro espelho e fazer uma bela autocrítica.
A idade passa para todos.
Eu estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede.
Ao ler o nome, de repente, eu me recordei de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome. Ele era da minha classe do colegial, uns 40 anos atrás, e eu me perguntava se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado à época?
Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Aquele homem grisalho, quase calvo, com o rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto... Quê que é isso!?
Depois que ele examinou minha boca, perguntei-lhe se ele tinha sido do Colégio Estadual Central.
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou?
- 1966. Mas, porquê a pergunta?
- Eh... bem... você era da minha classe.
- Aí, então aquele velho horrível, anormal, cretino, tremendo filho de uma puta, me perguntou:
- A Sra. era professora de quê?"
"Quando você encontrar alguém da sua época e achá-lo muito velho e
acabado, é bom correr pro espelho e fazer uma bela autocrítica.
A idade passa para todos.
Eu estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede.
Ao ler o nome, de repente, eu me recordei de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome. Ele era da minha classe do colegial, uns 40 anos atrás, e eu me perguntava se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado à época?
Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Aquele homem grisalho, quase calvo, com o rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto... Quê que é isso!?
Depois que ele examinou minha boca, perguntei-lhe se ele tinha sido do Colégio Estadual Central.
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou?
- 1966. Mas, porquê a pergunta?
- Eh... bem... você era da minha classe.
- Aí, então aquele velho horrível, anormal, cretino, tremendo filho de uma puta, me perguntou:
- A Sra. era professora de quê?"
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terça-feira, 18 de março de 2008
Alegrias da Velhice
Alegrias da velhice
João Ubaldo Ribeiro ( O Estado de São Paulo de 16 de março de 2008)
Até ficar velho, operação antigamente simples e natural, resumível na venerável sentença ''quem não morre fica velho'', está se tornando cada vez mais complicado, a ponto de, receio eu, causar algumas crises de identidade nesse cada vez mais vasto contingente da população. Acho que vou sugerir a criação, nas faculdades de Filosofia, de um curso de epistemologia da velhice, porque a confusão, pelo menos entre os menos ilustrados, como eu, aumenta a cada dia. Talvez até os próprios geriatras se beneficiem desse estudo, porque tenho praticamente certeza de que, entre eles, há divergências sobre o conceito de ''velho''.A mim, confesso, já enche um pouco o saco esse negócio. Começou, se não me falham os rateantes neurônios, com essa conversa de terceira idade, inventada pelos americanos, que são muito bons de eufemismo, como testemunha a exemplar frase ''lide com preconceito extremo'', que, dizem, a CIA usava quando ordenava um assassinato. Passou a não pegar bem chamar velho de velho mesmo e agora a velharada é agredida com designações tais como ''boa idade'', ''melhor idade'', ''feliz idade'' e outras qualificações ofensivas. E, dentro dessas categorias, já me contaram que há subcategorias. Ninguém mais é velho, fica até feio o sujeito hoje em dia dizer que é velho.De minha parte, reivindico apenas alguns direitos, entre os quais devo ressaltar não ser obrigado a entrar na fila dos idosos dos bancos. Aliás, a não entrar em fila de idoso nenhum, a não ser que, na hora, o que raramente sucede, isso apresente alguma vantagem. Fila de banco é uma furada séria, porque não só alguns de nossa variegada turma ou são surdos ou requerem primeiros socorros se começam a lhes explicar o que significa ''o sistema caiu'', por exemplo. Me contaram que, numa agência aqui do bairro, uma senhora teve um pitaco, porque pensou que isso queria dizer que o banco falira e suas economias de viúva tinham ido juntar-se à vaca no brejo.Imagino que, pelo tom acima, que talvez alguém entre vocês tenha antecipado que vou lembrar outra vez o que Jorge Amado, entre as incontáveis peças de sabedoria que me presenteou ao longo de nossa convivência de décadas, me disse a respeito da velhice. Aliás, vou dar um furo de reportagem - sou do tempo do furo de reportagem, espero ser cumprimentado pela direção do jornal. Jorge não me falou somente uma vez sobre a velhice, embora não fosse seu assunto favorito. Há muitas outras frases, mas não se destaca entre elas somente a que divulguei aqui: ''Compadre, já me falaram muito das alegrias da velhice, mas ainda não me apresentaram a nenhuma.'' Teve outra, saquem agora o tremendo furo: ''Compadre, não importa o que lhe digam, a gente não aprende nada com a velhice; a única coisa que a gente aprende com a velhice é que velhice é uma merda.''Entrevendo os setentinha a média distância, temo que, como tudo mais que o compadre me ensinou, isso tudo seja a impiedosíssima verdade. Pode ser que, a depender da categoria empregada, eu não seja velho (cartas sobre o que é ser velho, principalmente as escritas por velhos como eu, que vão dizer que a velhice está na mente etc., etc., para o editor, por caridade), mas, outro dia, não lembro onde, fui descer dois degraus do palco aonde havia antes subido e quatro jovens pressurosas me apararam as costas e me seguraram os cotovelos como se eu fosse um hipopótamo paraplégico tentando um salto ornamental. Eu talvez pareça um hipopótamo paraplégico, mas sou no máximo uma anta com artrite e ainda tenho lepidez bastante para descer um meio-fio com relativa confiança. (A velhice não está na mente, está nas juntas.)Quanto ao aspecto didático da velhice, também parece confirmar-se o que me falou meu amigo. A vida pode ensinar alguma coisa e geralmente ensina, embora quase sempre a gente aprenda tarde demais - besteira, esse negócio de ''nunca é tarde demais'', costuma ser tarde demais mesmo. Mas a velhice mesmo só ensina o que ele disse. Certo, talvez eu não seja velho o suficiente para esta confirmação, mas os indícios são claros. Calçar meias, para citar um caso, já me parece uma modalidade olímpica e nem me passa pela cabeça alcançar um centésimo do índice. Um dos meus joelhos volta e meia faz um barulho alarmante, dói uma besteirinha e depois volta ao silêncio enigmático com que minhas noites são atormentadas por visões de ossinhos se esfarelando, enquanto eu vou à banca de jornal. E por aí vai, o pudor me cala.
João Ubaldo Ribeiro ( O Estado de São Paulo de 16 de março de 2008)
Até ficar velho, operação antigamente simples e natural, resumível na venerável sentença ''quem não morre fica velho'', está se tornando cada vez mais complicado, a ponto de, receio eu, causar algumas crises de identidade nesse cada vez mais vasto contingente da população. Acho que vou sugerir a criação, nas faculdades de Filosofia, de um curso de epistemologia da velhice, porque a confusão, pelo menos entre os menos ilustrados, como eu, aumenta a cada dia. Talvez até os próprios geriatras se beneficiem desse estudo, porque tenho praticamente certeza de que, entre eles, há divergências sobre o conceito de ''velho''.A mim, confesso, já enche um pouco o saco esse negócio. Começou, se não me falham os rateantes neurônios, com essa conversa de terceira idade, inventada pelos americanos, que são muito bons de eufemismo, como testemunha a exemplar frase ''lide com preconceito extremo'', que, dizem, a CIA usava quando ordenava um assassinato. Passou a não pegar bem chamar velho de velho mesmo e agora a velharada é agredida com designações tais como ''boa idade'', ''melhor idade'', ''feliz idade'' e outras qualificações ofensivas. E, dentro dessas categorias, já me contaram que há subcategorias. Ninguém mais é velho, fica até feio o sujeito hoje em dia dizer que é velho.De minha parte, reivindico apenas alguns direitos, entre os quais devo ressaltar não ser obrigado a entrar na fila dos idosos dos bancos. Aliás, a não entrar em fila de idoso nenhum, a não ser que, na hora, o que raramente sucede, isso apresente alguma vantagem. Fila de banco é uma furada séria, porque não só alguns de nossa variegada turma ou são surdos ou requerem primeiros socorros se começam a lhes explicar o que significa ''o sistema caiu'', por exemplo. Me contaram que, numa agência aqui do bairro, uma senhora teve um pitaco, porque pensou que isso queria dizer que o banco falira e suas economias de viúva tinham ido juntar-se à vaca no brejo.Imagino que, pelo tom acima, que talvez alguém entre vocês tenha antecipado que vou lembrar outra vez o que Jorge Amado, entre as incontáveis peças de sabedoria que me presenteou ao longo de nossa convivência de décadas, me disse a respeito da velhice. Aliás, vou dar um furo de reportagem - sou do tempo do furo de reportagem, espero ser cumprimentado pela direção do jornal. Jorge não me falou somente uma vez sobre a velhice, embora não fosse seu assunto favorito. Há muitas outras frases, mas não se destaca entre elas somente a que divulguei aqui: ''Compadre, já me falaram muito das alegrias da velhice, mas ainda não me apresentaram a nenhuma.'' Teve outra, saquem agora o tremendo furo: ''Compadre, não importa o que lhe digam, a gente não aprende nada com a velhice; a única coisa que a gente aprende com a velhice é que velhice é uma merda.''Entrevendo os setentinha a média distância, temo que, como tudo mais que o compadre me ensinou, isso tudo seja a impiedosíssima verdade. Pode ser que, a depender da categoria empregada, eu não seja velho (cartas sobre o que é ser velho, principalmente as escritas por velhos como eu, que vão dizer que a velhice está na mente etc., etc., para o editor, por caridade), mas, outro dia, não lembro onde, fui descer dois degraus do palco aonde havia antes subido e quatro jovens pressurosas me apararam as costas e me seguraram os cotovelos como se eu fosse um hipopótamo paraplégico tentando um salto ornamental. Eu talvez pareça um hipopótamo paraplégico, mas sou no máximo uma anta com artrite e ainda tenho lepidez bastante para descer um meio-fio com relativa confiança. (A velhice não está na mente, está nas juntas.)Quanto ao aspecto didático da velhice, também parece confirmar-se o que me falou meu amigo. A vida pode ensinar alguma coisa e geralmente ensina, embora quase sempre a gente aprenda tarde demais - besteira, esse negócio de ''nunca é tarde demais'', costuma ser tarde demais mesmo. Mas a velhice mesmo só ensina o que ele disse. Certo, talvez eu não seja velho o suficiente para esta confirmação, mas os indícios são claros. Calçar meias, para citar um caso, já me parece uma modalidade olímpica e nem me passa pela cabeça alcançar um centésimo do índice. Um dos meus joelhos volta e meia faz um barulho alarmante, dói uma besteirinha e depois volta ao silêncio enigmático com que minhas noites são atormentadas por visões de ossinhos se esfarelando, enquanto eu vou à banca de jornal. E por aí vai, o pudor me cala.
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Joao Ubaldo Ribeiro
Vamos combinar...
Vamos combinar quando nos reunirmos a partir de agora só vamos falar de doenças por 10 minutos, marcados no relógio, nem mais , nem menos. Quer assunto mais de velho que doença. Quando telefono para minha mãe , este é o único assunto e já está começando a incomodar quando me reúno com a turma dos superiores a 50 . Não combina com vinho, não combina com boteco , nem bons ambientes. Vamos trocar e-mails sobre atualidades cientificas, bons médicos e sintomas, quem descobrir alguma coisa legal, avisa os outros.
Velho é o outro
Um amigo perguntou outro dia na mesa onde tomávamos vinho e comíamos o jantar perfeito: - Vcs se sentem velhas? Rapidamente 3 nãos foram ouvidos e ele riu debochado: - minha mãe sempre diz: - Velho é o outro!!
Pior é que é isso mesmo, além de não haver vantagem nenhuma em envelhecer , nós não conseguimos nos ver envelhecendo. Não vamos envelhecer como nossas avós , por que nossas mães ainda estão bem vivas e muito bem , lembrando que as mulheres pelos menos no nosso grupo de órfãs de pai , vivem mais.
Estamos todas com peles bem cuidadas, com todos os cremes , do grupo todas já fizeram uso de algum tipo de cirurgia plástica. Fazemos ginástica, acompanhamento médico, mantemos o peso ( elas mais do que eu).
Eu sempre que encontro outra conhecida da mesma idade ou um pouco mais velha, sempre acho que estou melhor (principalmente se não houver nenhum espelho por perto) pois me enxergo com a minha alma , que é de uma menina, que ainda se vê com as cores da foto que desejo ver.
Pior é que é isso mesmo, além de não haver vantagem nenhuma em envelhecer , nós não conseguimos nos ver envelhecendo. Não vamos envelhecer como nossas avós , por que nossas mães ainda estão bem vivas e muito bem , lembrando que as mulheres pelos menos no nosso grupo de órfãs de pai , vivem mais.
Estamos todas com peles bem cuidadas, com todos os cremes , do grupo todas já fizeram uso de algum tipo de cirurgia plástica. Fazemos ginástica, acompanhamento médico, mantemos o peso ( elas mais do que eu).
Eu sempre que encontro outra conhecida da mesma idade ou um pouco mais velha, sempre acho que estou melhor (principalmente se não houver nenhum espelho por perto) pois me enxergo com a minha alma , que é de uma menina, que ainda se vê com as cores da foto que desejo ver.
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